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Descrição
Durante a pandemia a principal mensagem divulgada foi “fique em casa”, mas e as pessoas que não tem casa? Onde ficaram? Como foi o despertar deles durante a pandemia? Quando descobriram sobre o lockdown? Como foi o acesso a informação?As pessoas em situação de rua parecem invisíveis perante a sociedade, para tentar humanizar o olhar da população para com elas o projeto Despertar Invisível foi ouvir as pessoas que estavam nessa condição no início da pandemia. A intenção foi entender como foi a descoberta, os cuidados, medos, o sentimento geral diante dessa situação que abalou o mundo. E o principal, como foi Despertar Invisível no meio de uma pandemia.
Para isso foi realizada uma pesquisa, para identificar o melhor formato.
Qual seria o melhor formato para dar visibilidade sem explorar a situação das pessoas?
Analisamos alguns documentários sobre moradores de rua, e percebemos que mesmo sem intenção a maioria deles acaba expondo a população de rua de modo negativo, como fracassados, algo a ser evitado, e quando ocorre algo positivo, é exaltando a pessoa que os ajuda como sendo um “salvador”.
Algo que não é o desejado pelo projeto Despertar Invisível, pois cria um sentimento de pena, e não de empatia.
O tratamento mais empático que encontramos durante a pesquisa foi a do entrevistador Antônio Abujamra no programa provocações (programa de número 61 – com moradores de rua), Abu tratou os moradores do mesmo modo que tratou todos os entrevistados que já foram em seu programa. E em dado momento ele diz:
“As pessoas dizem:
“Vocês não devem trazer as pessoas do movimento sem-terra, vocês não devem trazer os moradores de rua..."
- Não, provocações traz essas pessoas, nós não sabemos solucionar também, nós não somos Deuses, nós não temos a solução para as coisas, mas nós queremos é mostrar que essas coisas existem, que as pessoas tem que saber que elas existem, tem que ver o que vai fazer.
Abu olha para o entrevistado e completa :
- Eu quero saber por exemplo algumas coisas sobre você, eu não quero ficar com a consciência pesada entendeu, eu quero saber de você(...)”
Concordamos com Abu, é necessário mostrar que as pessoas existem, elas têm que saber que existem, mas como fazer para tratar e retratar a situação delas sem recorrer a exposição?
Pensando nisso que nasceu a ideia de criar a animação através dos relatos dos moradores de rua, dessa forma conseguimos dar visibilidade para as palavras e os sentimentos dos moradores, sem os explorar com a sua exposição.
Com a definição do que, surgiu o como, quem seria a pessoa indicada para fazer essas entrevistas?
Escolhemos o jornalista Marcelo Mendez que tem esse olhar humano com a empatia necessária para falar, conversar e ouvir os moradores de rua.
Marcelo tem grande parte da sua atuação acompanhando o futebol de várzea, acompanhando o povo, escutando a história daqueles que são ignorados, pela “elite esportiva”. Marcelo lançou um livro (Contos da Várzea) focando nos causos que ouviu, assistiu, e presenciou nos campos de várzea. Seu olhar poético a beira do gramado e sua atuação na Tvila fez com que o escolhêssemos para essa missão.
Para transformar os depoimentos em uma animação contamos com Albert Mazuz, a escolha de Albert foi devida a parceria de longa data com Luciano Mello, ambos já criaram diversos trabalhos juntos, alguns trabalhos comerciais, e duas animações autorais “A Rotina” e “ A Sombra”.
“A Rotina”, foi escolhida como melhor animação de 2019 no Festival do Minuto e selecionado para o Festival Brasileiro de NanoMetragem de 2019.
Geralmente ocorre o casting de profissionais da voz após a definição do roteiro, como não temos previsão da “volta ao normal”, decidimos trabalhar com o profissional da voz Gabriel Tanekoshima e com o pessoal da VOZINDIE.
Luciano Mello já trabalhou com Taneko nas animações: Vitrines (2019), Vovô Motoqueira (2019), A Sombra (junto com Albert Mazuz) entre outros trabalhos comerciais, e Taneko possuí estúdio próprio, ou seja, consegue gravar remotamente. E se necessário, a direção da gravação pode ocorrer via reunião por zoom, Skype, discord, facilitando assim o processo sem colocar em risco os envolvidos (levando em conta o estado de pandemia.)
Para alcançar o público em tempos de pandemia a optamos por:
Criação de uma página no Facebook e uma página no instagram para divulgar as ações pré-existentes que auxiliem e/ou oferecem abrigo/comida aos moradores de rua, documentários já realizados e que estão publicados na internet
E a criação do site será realizada por Marcelo Enrique, o site contará com a transcrição das entrevistas, sinopse da animação e vídeo completo da animação (inicialmente o trailer, após o período de festivais, com a animação completa ficará disponível no site), para cuidar das artes do site e da divulgação do instagram e do Facebook contamos com Antônio Carlos do Carmo vulgo croma.