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Monumento a João Ramalho

sss Estátua fundida em bronze, com pedestal em granito que não é o original. Os blocos de pedra originais tiveram que ser substituídos porque sofreram rachaduras na última mudança de localização do monumento e estão expostos no jardim do Museu.

Email: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

Endereço:

CEP:

Logradouro: Praça IV Centenário

Número:

Complemento:

Bairro: Centro

Município: Santo André

Estado: SP

Descrição

Monumento a João Ramalho
categoria: estátua

localização: Praça IV Centenário, Centro Cívico, Centro

data de inauguração: 08.04.1953, reinstalado em 1969 e em 2000

descrição do entorno: O monumento está instalado no Centro Cívico, no térreo 2, próximo da entrada do Teatro Municipal, ao lado do prédio do Executivo.

descrição do bem: Estátua fundida em bronze, com pedestal em granito que não é o original. Os blocos de pedra originais tiveram que ser substituídos porque sofreram rachaduras na última mudança de localização do monumento e estão expostos no jardim do Museu.
A placa nova, em bronze, contém a seguinte inscrição: “MONUMENTO REINAUGURADO EM 08.04.2000; NO 447º ANIVERÁRIO DA CIDADE; DE SANTO ANDRÉ, SP; PREFEITO - CELSO DANIEL; VICE-PREFEITO – JOÃO AVAMILENO; JOÃO RAMALHO; FUNDADOR DE SANTO ANDRÉ; DA BORDA DO CAMPO, PATRIARCA DOS; BANDEIRANTES, ; SÍMBOLO DA SUA RAÇA E ORGULHO DA SUA GREI. ; GLÓRIA DE DUAS PÁTRIAS; HOMENAGEM ESCULTÓRIA DA COLÔNIA; PORTUGUESA 1553–1953.”

informações históricas: Em 1950, a Comissão Geral de Festejos do IV Centenário da Fundação de Santo André da Borda do Campo, criada pela Lei nº 589/1950, tinha dentre suas atribuições a de “erigir no perímetro urbano da sede de Santo André, um monumento a João Ramalho e outros vultos da história”. E, para isso, instituiu-se um concurso, mas em 1952 o concurso foi anulado pela comissão julgadora “por não terem os autores, representado, satisfatoriamente os fatos históricos e porque, na opinião da mesma comissão, seria impossível concluí-lo na data comemorativa.”
Já que o poder público não iria mais prestar a homenagem, a colônia portuguesa se reuniu e formou em 22.09.1952, uma comissão com o objetivo de construir o monumento e, para isso, iniciou uma campanha para arrecadar os recursos necessários. Essa comissão convidou alguns artistas para apresentarem suas propostas e a escolhida foi a do escultor Manasse, que após a entrega da encomenda, presenteou os membros da comissão com uma cópia individualizada para cada um deles, em escala pequena da escultura maior.
A localização do monumento na Praça IV Centenário foi escolhida junto com o Engº Prestes Maia que estava elaborando o projeto de urbanização do local.
A estátua foi inaugurada durante a Exposição Industrial, na data comemorativa do aniversário da cidade. Em 1966, com o início das obras de construção do Centro Cívico, ela foi retirada, voltando em 1969 e instalada próximo ao prédio da Câmara Municipal. Em 2000, atendendo às solicitações dos munícipes, foi transferida para o local atual, ocasião em que a base foi danificada.

autor da obra: Emanuel Manasse (1907 - ?) ganhou com 12 anos de idade um prêmio de desenho no colégio, ocasião que o fez seguir a carreira artística.
Com 15 anos foi estudar na Itália, depois na França e Inglaterra, onde fazia esculturas de jardins, junto com seus amigos artistas, para sobreviverem durante a segunda guerra mundial. Foi em Londres que conheceu Pietro Maria Bardi que o convenceu a vir para o Brasil, em 1951.
Sua produção artística é pouco conhecida, apenas conhece-se a escultura em bronze chamada de “A jumenta”, de 1953.
Morou aqui até 1984, quando foi para os Estados Unidos e não se sabe mais sobre sua vida.

homenagem: João Ramalho nasceu em Portugal em data ignorada, assim como sua data de falecimento. Veio para o Brasil entre os anos de 1510 e 1530. Foi um dos poucos moradores brancos residente no planalto paulista por muitos anos. Teve o apoio da tribo do Cacique Tibiriçá, com cuja filha ele se casou e teve vários filhos e netos.
Mediador entre índios e portugueses, pedia em troca a elevação à Vila da povoação em que vivia, o que só conseguiu em 8.04.1553, quando o Governador Geral Tomé de Souza criou a “Vila de Santo André da Borda do Campo”.

No entanto, com a fundação do colégio dos jesuítas em São Paulo de Piratininga, em 25.01.1554, aliado às dificuldades de subsistência e de segurança, os padres pressionaram a transferência da Vila para lá, o que aconteceu em 1560. João Ramalho, forçado a se mudar, ficou encarregado em defender a Vila de São Paulo de Piratininga por muitos anos até que, com idade avançada, resolveu morar em local afastado, onde morreu.

proteção legal: Em 14.08.1995, foi aberto pelo Condephaat (órgão de defesa do patrimônio cultural do Estado de São Paulo) o Processo de nº 33.184/95, para estudo de tombamento do Centro Cívico, pelo conjunto da obra do arquiteto Rino Levi e que ainda se encontra em análise.
Também foi aberto o Processo nº 44.899/93, para análise do tombamento da mesma área pelo Comdephaapasa.
As placas originais que revestiam o antigo pedestal fazem parte do acervo do Museu de Santo André Octaviano Armando Gaiarsa.

propriedade: pública

estado de conservação: bom

Publicado por

COMDEPHAAPASA Conselho Patrimônio Cultural

O COMDEPHAAPASA é o conselho municipal que tem como competências identificar, pesquisar, proteger e valorizar o patrimônio cultural da cidade (bens de natureza material e imaterial).
Possui 12 membros, seis representantes do governo municipal e seis representantes da sociedade civil. Realiza reuniões ordinárias mensais no auditório do Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa.