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Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa - Antigo I Grupo Escolar de São Bernardo

Primeiro Grupo Escolar de São Bernardo - Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa

sss Construído em 1914, foi o primeiro grupo escolar do ABC. Projeto de José Van Humbeck e fachada de G. B. Maroni. Ocupado pela escola até 1978 e depois por outros serviços públicos, abriga desde 1990 o Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa.

Acessibilidade: Não

Horário de funcionamento: O atendimento ao público acontece de segunda à sexta das 8h30 às 16h30.

Email: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

Endereço: RUA SENADOR FLÁQUER, 470, Estacionamento pela Rua Gertrudes de Lima, n. 499, CENTRO, 09010-160, SANTO ANDRÉ, SP

CEP: 09010-160

Logradouro: RUA SENADOR FLÁQUER

Número: 470

Complemento: Estacionamento pela Rua Gertrudes de Lima, n. 499

Bairro: CENTRO

Município: SANTO ANDRÉ

Estado: SP

Descrição

Este imóvel foi construído entre 1912 e 1914 para abrigar o Primeiro Grupo Escolar de São Bernardo.O intuito era reunir várias escolas isoladas do então distrito de Santo André. Sua localização em relação ao núcleo urbano próximo à Estação ferroviária era periférica, mas, certamente, era a localidade em que se concentrava boa parte do público escolar, uma vez que em sua proximidade estava instalada desde 1885 a Tecelagem Silva Seabra& Cia, fabricante de brim de algodão e outros produtos têxteis. Esta fábrica era também conhecida como Tecelagem Ipiranguinha e detinha o maior número de trabalhadores da região.

A construção do grupo escolar estava associada à política educacional do governo estadual, que visava prestar bom atendimento em um prédio com reconhecida qualidade construtiva, de modo que, além de bons professores, pudesse oferecer aos estudantes um ambiente favorável à aprendizagem e ao conhecimento. No caso desse prédio, a tipologia padrão denominou-se MogyGuassú, com projeto assinado pelo arquiteto José Van Humbeck e adaptações de Hercules Beccari. A fachada era de G.B.Maroni. O modelo foi utilizado também em Ituverava, Pereiras, Itápolis, Orlândia, Itatinga e Mogi Guaçu.

A instalação da escola mudou as características da região, configurando-se em uma nova centralidade de Santo André. Mas, no decorrer do tempo o município foi crescendo e novas escolas foram construídas, tornando este espaço ficou insuficiente para atender ao crescente número de alunos que morava na área central. Na década de 1970, a Prefeitura de Santo André e o Governo do Estado buscaram uma solução conjunta para este problema, quando o município construiu uma escola no bairro Casa Branca, para onde o Grupo Escolar foi transferido em 1978.

O Estado, então, deixou o antigo prédio para uso da Prefeitura, abrigando até 1990 o Serviço de Promoção Social – Prossan. Deste momento em diante o Museu de Santo André foi transferido para essa edificação, congregando o valor simbólico do prédio com a função do museu, guardião da memória.

Apesar de instalar sua sede no prédio do antigo Primeiro Grupo Escolar, a história do Museu começa em momento anterior, a partir da campanha ‘Nosso passado pode estar com você’, realizada em julho de 1976, quando os primeiros objetos foram angariados. A partir dessa movimentação e, diante de algumas intenções anteriores de criar um Museu, em 1981 foi oficializada uma comissão que propôs a criação de Museu de cidade. Este foi criado oficialmente em agosto de 1982. As primeiras exposições foram realizadas no Centro Cívico de Santo André no final dos anos 1980, mas suas atividades se consolidaram a partir da realização do I Congresso de História do ABC já neste prédio, em 1990.

O edifício foi tombado em outubro de 1992 como patrimônio cultural da cidade pelo COMDEPHAAPASA – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. Sua valorização como patrimônio cultural protegido se deve à sua permanência no tempo e a inserção de suas características arquitetônicas ecléticas na paisagem; sua relação com o desenvolvimento da cidade e de seus cidadãos, enquanto espaço de serviço público em sua maioria associado à aprendizagem e difusão do conhecimento, e por sua ligação afetiva com a comunidade, marcando sucessivas gerações de estudantes que receberam os primeiros ensinamentos escolares neste espaço, onde também tantas outras memórias têm sido acolhidas ao longo de três décadas devido seu uso atual.

Posteriormente, em 2010, o CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo - reconheceu e tombou a edificação como patrimônio cultural do Estado, por ser um exemplar da arquitetura educacional paulista construído no começo do século XX.