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Nos anos 1910 os irmãos Assumpção criaram o Haras Jaçatuba, abrangendo vasta área loteada a partir dos anos 1940. No final dos anos 1970, a sede do haras foi desapropriada para criar um parque. Em 1990 foi também instalada ali a EMIA Aron Feldman.
Site: http://www.santoandre.sp.gov.br
Email: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br
Telefone Público: (11) 4436-3631
Endereço: Avenida Itamarati, 536, Parque Regional da Criança Palhaço Estremilique, Vila Curuca, 09290-730, Santo André, SP
CEP: 09290-730
Logradouro: Avenida Itamarati
Número: 536
Complemento: Parque Regional da Criança Palhaço Estremilique
Bairro: Vila Curuca
Município: Santo André
Estado: SP
Descrição
Este local é remanescente de áreas rurais de Santo André. Sua vegetação era originalmente um misto de matas virgens, capoeiras e campos que faziam divisa com o rio Tamanduateí. No início do século XX o rio ainda era limpo e o ar era puro e fresco. As condições ideais atraíram, nos anos 1910, investidores interessados na criação de cavalos puro sangue para a região. Foi uma época em que Santo André tinha diversas propriedades desse tipo, como o Haras Jaçatuba que integrava uma grande gleba de terras de Santo André.Parte desta gleba foi vendida em 1922 a José Augusto Leite Franco que a anexou à Fazenda Oratório. Outra parte foi adquirida pela família Assumpção em 1915, que manteve a denominação original – Sítio Jaçatuba. Nessa propriedade, os irmãos Assumpção instalaram o Haras Jaçatuba, também utilizado como área veraneio. Para tanto, estavam presentes uma residência sede do Haras e uma edificação denominada casa de hóspedes, que possivelmente, por suas características arquitetônicas, é mais antiga que a casa sede.
O Haras Jaçatuba funcionou até meados da década de 1950, momento em que a criação de cavalos já não era mais economicamente rentável na região e havia uma grande pressão para a ampliação de loteamentos nessa porção da cidade. Destas terras saíram bairros como Parque Jaçatuba, Parque João Ramalho, Parque Erasmo Assunção e Vila Curuçá. Em 1960, apesar dos bairros já estarem sendo loteados, ainda não estavam totalmente ocupados. Apesar desta movimentação a sede do Haras se manteve intacta.
Em 1975 a Prefeitura de Santo André buscou desapropriar a área da sede, com vistas à implantação de uma unidade do SESC. Mas, apenas em 1979 a Prefeitura adquiriu a área e deu início à criação de um parque com cerca de 16.500 m² que priorizasse atividades de lazer infantil. O parque foi inaugurado no ano seguinte com o nome Parque Regional da Criança. Sete anos depois, em homenagem ao palhaçoEstrimilique, muito popular em Santo André e que havia falecido naquele ano, o parque passou a ser denominado Parque Regional da Criança Palhaço Estrimilique. O parque compreende pista de caminhada, playground, equipamentos para ginástica, quadra de tênis, arena para atividades, lagos de contemplação, além das atividades da EMIA Aron Feldman.
A EMIA – Escola Municipal de Iniciação Artística – foi criada em 1990 e instalada na residência sede do antigo Haras Jaçatuba. Seu propósito é permitir o acesso a práticas artísticas que estimulem a criatividade, o convívio, a expressividade e a linguagem poética de maneira integrada. Em 2005, em homenagem ao fotógrafo e cineasta Aron Feldman, que atuou durante décadas em Santo André, realizando filmes sobre conflitos e diversidade social presentes no universo local e regional, a EMIA passou a denominar-se EMIA Aron Feldman.
Em outubro de 1992 o Parque e suas edificações foram tombados como patrimônio cultural do município pelo COMDEPHAAPASA – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. Sua valorização como patrimônio cultural protegido se deve ao registro de atividades com características rurais em momento inicial da intensa industrialização dos meados do século XX; registro de atividade de criação de cavalos, sendo que o Haras Jaçatuba teve relevância nesse sentido; consolidação de área verde em Santo André, conformada há mais de um século, criando impacto visual e ambiental na paisagem; fortalecimento de espaço de lazer público por quase meio século, com prioridade para o universo infantil, que se reflete na memória coletiva e afetiva dos moradores; destaquedas edificações remanescentes, que apresentam qualidade e características arquitetônicas típicas de um momento histórico do começo do século XX; continuidade, ao longo de quase 40 anos, de ações culturais de formação e valorização da criação e iniciação artística, destacando-se o Centro Cultural Infantil (1983) e, posteriormente, a Escola de Iniciação Artística – EMIA (1990), presente até a atualidade.