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sss Bem tombado pelo COMDEPHAAPASA em 23/10/1992 e homologado em 11/11/1992 através do processo administrativo n.º 32.761/1992-2.

Acessibilidade: Não

Site:

Email: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

Endereço: Praça do Carmo, 171, Em frente à Concha Acústica, Centro, 09010-020, Santo André, SP

CEP: 09010-020

Logradouro: Praça do Carmo

Número: 171

Complemento: Em frente à Concha Acústica

Bairro: Centro

Município: Santo André

Estado: SP

Descrição

Esta é uma das antigas residências da área central do município. Foi construída entre o final dos anos 1920 e começo dos anos 1930 e integra o conjunto de residências construídas no entorno da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo. A praça que se conformou noentornoda igreja criou uma nova centralidade, com residências de famílias abastadas e influentes,além da Casa paroquial, a farmácia São Bernardo e o Clube de Xadrez. A urbanização da Praça do Carmo, especialmente entre os anos 1950 e 70 levaram ao adensamento nesta região da cidade com a construção de novas residências em terrenos vagos e demolição de antigas casas para a construção dos primeiros edifícios. Outras edificações deram lugar à expansão de negócios, atividades públicas e outras formas de lazer.

Paulina Isabel de Queiroz, esposa de Antonio Queiroz dos Santos,foi a primeira moradora desta edificação localizada em um terreno de cerca de 2.400 m² que se confrontava com a Rua Albuquerque Lins, Rua Luiz Pinto Fláquer e a área da Praça do Carmo. A referência de sua arquitetura é a linguagem ecléticaexemplificada na fachada, além de soluções arquitetônicas e urbanísticas como recuos do alinhamento da rua, alpendres, jardins e escadarias.

Paulina Isabel morou em sua residência até 1938, quando esta foi arrendada pela Prefeitura de Santo André para instalar a Escola Profissional Mixta Secundária e o Dispensário de Puericultura e Clínica Infantil. Em 1952 foi instalado o Gabinete do Prefeito Municipal que ali se manteve até meados de 1968, quando foi transferido para o Centro Cívico. Antes disso, em 1964, o imóvel foi decretado de utilidade pública, com vistas à desapropriação, mas apenas em 1971 passou a ser um bem da municipalidade. Além dos usos citados, outros equipamentos também ocuparam a residência como a Junta do Serviço Militar, União Cívica Feminina e a Prossan, órgão de assistência social, de Santo André.

Em setembro de 1992 foi inaugurado na antiga residência o equipamento cultural aberto às manifestações culturais associadas à literatura e língua portuguesa, com a denominação Casa da Palavra Mário Quintana. Em 1997 foi realizada uma adaptação para acomodar melhor a atividade cultural, quando foi recuperada a abertura da varanda lateral e criada uma nova ligação entre o porão e o pavimento superior, por meio de uma caixa de vidro em que está a escada.

Em outubro de 1992 a edificação foi tombada pelo COMDEPHAAPASA – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. Sua valorização como patrimônio cultural protegido se deve à sua permanência centenária nessa porção da área central do município; por refletir um modo de morar de determinadas parcelas da sociedade e em diálogo com o entorno; por manter características arquitetônicas que a destacam entre os demais imóveis do entorno; por sua relação longeva e afetiva com a comunidade, e por seu valor simbólico enquanto gabinete do prefeito e, recentemente, pela manutenção ininterrupta por quase 30 anos como espaço de uso e fruição cultural.