Classificação Etária: Livre
Mais Informações: (11) 4993-7730
Acessibilidade:
Tradução para LIBRAS: Não
Áudio Descrição: Não
Salão de Exposições
ver mapaocultar mapaDiariamente de 25 de janeiro a 21 de março de 2020 às 09:00
Preço: GRATUITO
Endereço: Praça IV Centenário, s/nº, Paço Municipal de Santo André, Centro, 09015-080, Santo André, SP
Descrição
Zhô Bertholini, o existencialista ambulante.Não ter aprendido a desenhar e andar de skate, são as duas frustações confessas de Zhô Bertholini. Já a natação ele pratica com um certo domínio. E mesmo não se considerando atleta é detentor de algumas medalhas em competições, que participa sem objetivar o pódio, simplesmente, nada. No mais é tudo consequência de disciplina e dedicação. Estes fatores também fizeram e fazem com que sua vivência de poeta e artista gráfico seja intensa neste percurso do universo cultural, iniciada ainda garoto, no ano de 1966, quando foi trabalhar como aprendiz de artes gráficas numa grande editora no bairro do Brás, na capital paulista.
Aprender a ler e escrever a partir dos sete anos de idade foi o primeiro e o maior acontecimento de sua vida, a grande descoberta do conhecimento. E foi justamente com o aprendizado do oficio gráfico, que ele encontrou sua vocação entre tipos, linotipos, tipografia e principalmente pelo sistema offset, onde acabou se especializando como profissional no setor de fotolitos. Conviver com a produção de livros no dia a dia do trabalho tornou-se uma paixão que foi extremamente positiva para suas intensões posteriores.
Adolescente nos anos 60, Zhô Bertholini viu e viveu o surgimento dos grandes movimentos artísticos e culturais de fora para dentro e vice-versa, numa época bastante conturbada pelos regimes vigentes, mas também de uma efervescência significativa influenciada muito mais pela contracultura do que pela cultura oficial. Tudo isso ele “observou e absorveu” e nos anos 70 com a repercussão da imprensa alternativa e da Geração Mimeógrafo aconteceu sua aproximação com o Grupo Mutirão - Movimento Artístico Cultural em São Caetano. Entre 79 e 80 participou dos 2º e 3° Salão Jovem de Arte Contemporânea de Santo André onde estabelece contatos com artistas de outras localidades e expressões, que intensifica seu intercâmbio de Arte Postal no circuito nacional e internacional, culminando com sua participação na XVI Bienal Internacional de São Paulo de 1981.
Urbano e agregador, incentivou e participou de diversos movimentos e espaços culturais locais: Ler e Falar Poesia /Casa da Palavra, Casa do Olhar, Revolucionarte, Artistas Cidadãos, Corredor Cultural, Projeto Canja com Canja, Alpharrabio Espaço Cultural, Cuiabá 153 e Portões que Falam, Gambalaia Espaço de Artes, Espaço Acqua Cultura entre outros.
Poesia escrita, falada e vivida. Visuais, colagens e postais. Poemas musicados, poemas no asfalto, nas revistas, zines e plaquetes, por tudo isso Zhô transitou e continua transitando. Um existencialista ambulante, inquieto, inventivo e muito atento ao mundo que o rodeia. A sua essência é poética e a liberdade seu rumo. Quarenta e um anos depois ele revisita o Salão de Exposições de Santo André e apresenta os desdobramentos das várias faces de sua expressão artística. E como dito pelo poeta “nada se cria / basta de prosa / vamos à poesia.”
Jurema Barreto de Souza
poeta e editora
SERVIÇO:
Ocupação Zhô Bertholini - Existencialista Ambulante
Salão de Exposições do Paço Municipal
Abertura 25 janeiro de 2020 - 15h
Visitação de 27/01 a 21/03
Das 9h as 12h - 13h as 17h
Praça IV Centenário S/N
Centro – Santo André | SP
Telefone: 4433-0605 ou 4992-7730
