Classificação Etária: Livre
Mais Informações: (11) 4992-7730
Acessibilidade:
Tradução para LIBRAS: Não
Áudio Descrição: Não
Salão de Exposições
ver mapaocultar mapaToda seg, ter, qua, qui, sex e sáb de 19 de setembro de 2019 a 3 de janeiro de 2020 às 09:00
Preço: GRATUITO
Endereço: Praça IV Centenário, s/nº, Paço Municipal de Santo André, Centro, 09015-080, Santo André, SP
Descrição
Ver não é o suficienteA exposição Ver Não é o Suficiente se localiza em um contexto no qual prevalece a aceleração e o excesso, num momento em que somos assediados a todo instante por meio de um intenso volume de imagens e informações.
É uma época de protagonismo da visão, associado a uma produção e disseminação cada vez maior de dados e símbolos, mas ao contrário do que parece, há uma enorme desconexão, desorientação, um paraíso de anestesia, onde o que prevalece é a uma profusão de estímulos que chegam a nós por meio de fotos e vídeos, exigindo tudo do ver, porém nunca fomos tão incapazes de lidar com tanta informação, nunca fomos tão cegos diante de sua profusão assustadora.
Por essa razão a proposta da exposição Ver Não é o Suficiente - mostra organizada a partir do riquíssimo acervo da Casa do Olhar Luiz Sacilotto -, é justamente levantar as bases para uma reflexão no sentido de despertar um olhar que se fundamente na prática do encontro com a arte contemporânea por meio da experiência da atenção.
Atenção para criar espaços contemplativos e de ócio, que possam valorizar o território da arte e atravessar sensações, intuição, emoção, que nos permita criar tempo para aprofundar o sentir, o contato com o próximo, com a natureza e com a transcendência.
Explorar a possibilidade de um olhar consciente que possa emergir do encontro com a arte e a experiência estética. Assim a arte torna-se matéria filosófica, matéria mental e poética pura, pois desse modo ela conquista o direito e a responsabilidade de levantar questões sobre a condição humana, o pensamento e a realidade.
Percepções estas que afetam o campo da alteridade e permitem compartilhar interpretações e vivências, do encontro consigo mesmo, onde podemos nos conectar com o espaço metafórico de experiências que refletem as transformações na relação sujeito/objeto, sujeito/mundo.
Como acionamos o dispositivo da visão diante de uma obra de arte? Apostamos na potência dos afetos que esse encontro pode produzir, onde quer que ele aconteça, e desejamos que a experiência da atenção contidas aqui contribuam para refinar o modo como o público se apropria da exposição, adequando-se às particularidades de cada participador.