Classificação Etária: Livre
Mais Informações: (11) 4992-7730
Acessibilidade:
Tradução para LIBRAS: Não
Áudio Descrição: Não
Salão de Exposições
ver mapaocultar mapaToda seg, ter, qua, qui, sex e sáb de 19 de setembro a 19 de outubro de 2019 às 09:00
Preço: GRATUITO
Endereço: Praça IV Centenário, s/nº, Paço Municipal de Santo André, Centro, 09015-080, Santo André, SP
Descrição
Quais são as nossas origens? Num país colonizado como o Brasil, com influências da Europa e da África, onde são negligenciados os povos autóctones. Os indígenas que habitam o Brasil desde antes dos portugueses são fundamentais sob diversos aspectos, com a criação de objetos utilitários e obras de arteA exposição Fazeres da Tradição aborda a temática da cerâmica indígena, tanto das etnias que produzem objetos na atualidade como daquelas já extintas ou que perderam a cultura da cerâmica.
As etnias pesquisadas são: Terena, Kadiweu, Xakriabá, Asurini, Karajá, Waurá, e Kaingang. Também são abordadas as cerâmicas arqueológicas Marajoara, Tapajônica, Tupinambá e Tupiguarani. Outras etnias são abordadas nas peças produzidas homenageando o povo nativo do Brasil.
A mostra é fruto da pesquisa do Grupo Ubuntu desenvolvida para o Projeto Origens.
Criado em 2011 para desenvolver e aprimorar a cerâmica e integrado por Carlo Cury, Claudia Canova, Lu Chiata, Rita Engi, Rose Teles e Zandoná, o Projeto Origens, ao se debruçar sobre a cultura indígena, pesquisou diversas técnicas. O objetivo é o resgate de saberes e a apresentação ao público de elementos ora em extinção, ora em ressignificação.
Cada ceramista realizou pesquisa de etnias de sua escolha, dentro de suas possibilidades e recursos, visando ampliar conhecimento temático. Em reuniões mensais, há troca de informações entre os membros do Grupo visando o compartilhamento desse conhecimento.
Com base em técnica aprendida no Museu de Arqueologia de Jacareí, peças foram reconstituídas a partir de pequenos fragmentos arqueológicos. Houve ainda visitas ao sítio arqueológico Aratu, em Paraibuna, com a pesquisadora Aline Furtado; ao Núcleo de Arqueologia de Jacareí, com palestra ministrada por Claudia Moreira Queiroz; ao Museu Arqueológico da USP em Piraju; e à Aldeia Renascer – Tupiguarani, em Ubatuba.
No Rio de Janeiro, participou-se do Primeiro Seminário de Cerâmica Indígena, realizado pelo Museu do Índio, coordenado pelas Antropólogas Renata Valente e Sheila Sá. Em Mato Grosso do Sul foram realizadas visitas a aldeia Terenas e Kadiweu, a museus, principalmente Museu Don Bosco, em Campo Grande, bem como a espaços de arte indígena em Miranda, Bodoquena, Aquidauna e Bonito.
Na Região Norte, foram realizadas oficinas de cerâmica Tapajônica no ateliê de Mestre Izauro (Santarém) com os orientadores Lucivaldo dos Santos e Silva e Ronaldo Marques, encontro técnico com a pesquisadora Anne Rapp da UFOPA – Universidade Federal do Pará, Câmpus de Santarém, visitas a ateliês em Belém e Soure na Ilha do Marajó, bem como a museus e espaços de arte indígena.