Bens culturais de natureza material

Posto Telegráfico da São Paulo Railway - Antigo Posto Telegráfico

Descrição curta

Edificação ferroviária de uso operacional e/ou residência de funcionários construída em período anterior aos anos 1940 e que se caracteriza como remanescente de edificações da São Paulo Railway presentes na área urbana de Santo André.

Email Público: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

CEP: 09070-240

Logradouro: Rua Porto Carrero

Número: 2622

Complemento:

Bairro: Campestre

Município: Santo André

Estado: SP

Endereço: Rua Porto Carrero, , Campestre, Santo André, undefined, SP, 09070-240

Descrição

O uso da telegrafia para comunicação foi uma descoberta significativa que aliou o conhecimento científico a necessidades do desenvolvimento tecnológico, apresentando-se como uma experiência satisfatória de uso da eletricidade para a transmissão de informações. Para tanto, eram necessários um único fio e os aparelhos de transmissão e recepção, valendo-se de um código denominado Morse que codificava por meio da emissão de curtos e longos impulsos de corrente elétrica as letras e números, que na recepção eram decodificados em pontos e traços que combinados representavam letras e números.

No Brasil a instalação do serviço telegráfico teve início em 1852 no Rio de Janeiro e em 1870 já havia sido instalado em cidades litorâneas brasileiras por meio de cabo submarino, inclusive Santos. Em 1873 a empresa São Paulo Railway (SPR), que detinha o monopólio da estrada de ferro entre Santos e Jundiaí, recebeu autorização e instalou uma linha telegráfica do governo de Santos a São Paulo em postes lindeiros à ferrovia. Assim, o sistema poderia ser levado para a capital e desta para outras cidades.

Para a SPR o interesse comercial era importante uma vez que recebia pelo serviço telegráfico, mas além deste havia outro para o qual o sistema de telégrafo se mostrou fundamental: o controle do tráfego de trens, especialmente após acidente em 1871 entre um trem de passageiros e outro de cargas que colidiram em São Paulo, causando uma morte e diversos feridos graves. Tal situação levou o superintendente da empresa, Daniel Fox, à prisão. Após ser solto determinou que se buscasse um novo meio de controle do tráfego de trens.
Assim, valendo-se da linha telegráfica foi criado um código próprio para o transporte ferroviário, o que amenizou os problemas com desastres.

Além da linha telegráfica, no final do século XIX, a SPR passou a organizar postos telegráficos de controle de transporte na via férrea. O primeiro deles data de 1891, denominado Tunnel, conhecido como “Tunnel da Cachoeira”, junto ao Botujuru. Ficava no planalto junto a um túnel escavado, cuja linha férrea em curva permitia pouca visão.

A modernização de 1895 que duplicou a linha férrea levou à instalação de novos postos telegráficos: Casqueiro em 1896 e Areais em 1897. No século XX, com ampliação do tráfego, novas instalações de postos telegráficos foram instaladas: Guapituba e Jaraguá Velha em 1907, Botujuru em 1908. Mais adiante, em 1920, outros ainda foram criados: Capuava e Alemoa.

O posto telegráfico de Utinga possivelmente foi criado neste mesmo momento, início dos anos 1920, pois em 1921 foi feita a doação do terreno para a ferrovia pelos irmãos Pujol que, por meio da Empreza Immobiliaria São Bernardo, dava início ao loteamento dos bairros do entorno: Jardim, Industrial e Utinga.
Para este loteamento era importante e necessário que houvesse um posto telegráfico naquela localidade em razão dos diversos ramais ferroviários que estavam sendo implementados para a circulação da produção dos lotes industriais.

O posto telegráfico de Utinga passou a ser estação a partir de 01.08.1933, momento em que a região crescia com a presença de diversas fábricas nas adjacências que necessitavam do transporte ferroviário para escoamento da produção.

Apesar da aparência da edificação que hoje se encontra na área desse posto telegráfico não ser semelhante à cabina de sinais encontrada em outros postos, é possível que ela tenha se arruinado ao longo do tempo, ou que tenha sido feita uma edificação ampliada que servisse também de moradia para funcionários que fossem responsáveis tanto pelo controle de tráfego ferroviário como pela conserva da linha férrea naquele ponto. Desde a inauguração da estação de Utinga, os serviços telegráficos foram transferidos para suas dependências e as instalações do posto possivelmente serviram apenas para os serviços de conservação e moradia.

Em agosto de 2012 este bem foi tombado como patrimônio cultural da cidade pelo COMDEPHAAPASA – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. As motivações para seu tombamento foram a sua permanência no tempo e na paisagem; sua importância simbólica como remanescente no meio urbano da trajetória da empresa São Paulo Railway e pelas características da arquitetura ferroviária.

FONTE: Bens Tombados e Registrados de Santo André – SP.

A publicação com as informações completas pode ser acessada através do link:
http://acesse.santoandre.br/BensTombadoseRegistradosSA

As demais publicações da Secretaria de Cultura você pode acessar através do link abaixo:
http://acesse.santoandre.br/PublicacoesSecultSA

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