Bens culturais de natureza material

Haras São Bernardo

Descrição curta

Nos anos 1910 a família Crespi criou este haras. Vendido a Baronesa e Barão Von Leithner em 1951 e denominado Haras São Bernardo. Desativado em 1975 e vendido ao INOCOOP. Em 1987 se tornou Área de Proteção Ambiental e foi tombado pelo CONDEPHAT em 1990.

Email Público: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

CEP: 09182-400

Logradouro: Avenida Marginal Córrego Taióca

Número:

Complemento: Parque Estadual Chácara da Baronesa

Bairro: Jardim Las Vegas

Município: Santo André

Estado: SP

Endereço: Avenida Marginal Córrego Taióca, Parque Estadual Chácara da Baronesa, Jardim Las Vegas, Santo André, undefined, SP, 09182-400

Descrição

O Haras São Bernardo consiste em uma área livre vegetada mantida em meio a uma região intensamente adensada. Possui aproximadamente 350 mil m² e está localizada nos limites do Córrego Taioca, fazendo divisa com São Bernardo do Campo.
Sua existência testemunha o momento em que toda a região do ABC tinha uma ambiência diferente da atual. Era muito menos urbanizada e estavam presentes grandes propriedades pertencentes a famílias abastadas de Santos e São Paulo que usufruíam desse espaço de modo mais esporádico, como chácara de veraneio, e reservavam as terras para loteamentos futuros em uma região que crescia vertiginosamente.

Além disso, do começo do século XX até os anos 1950, fatores como o clima ameno, presença de córregos e riachos com águas limpas e o pouco impacto da atividade industrial no ar e nos rios atraíam investidores para a criação de cavalos de corrida puro sangue. Os maiores empreendimentos eram o Haras Estação de Antonio Queiroz dos Santos, o Haras Jaçatuba dos irmãos Assumpção, o Haras Milano/Haras São Bernardo da família Crespi/Barão e Baronesa Von Leittner,o Haras Piahydos irmãos Martinelli e o Haras Providência de Manoel Ferreira.
Mas, havia outros haras com menos informação até o momento sobre sua expressão em corridas e leilões do Jockey Clube de São Paulo.

O Haras Milano criado entre os anos 1923 e 1924 pertencia à Família Crespi, imigrantes italianos que se estabeleceram no bairro da Mooca por volta de 1895. Rodolpho Crespi diversificava seus investimentos em ramos como o da indústria têxtil, do esporte – destacando sua participação na conformação do Clube Atlético Juventus –, bem como na criação e comercialização de cavalos de corrida. Alguns anos após o falecimento de Rodolpho Crespi, sua esposa Condessa Marina Regoli Crespi vendeu a propriedade para o Barão e Baronesa Von Leittner, em 1949. Desde então, a área foi denominada Haras São Bernardo, também identificada como Chácara da Baronesa. Entre os vários haras da região, este foi um dos mais consagrados do Estado de onde saíram grandes campeões do turfe nacional.

Em 1975 o haras foi desativado em razão da poluição industrial e adensamento urbano que afetou a região e inviabilizou o pleno desenvolvimento dos cavalos. No ano seguinte, a área foi vendida para o INOCOOP – Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais de São Paulo, com intuito de construir um conjunto habitacional. Esta proposta não foi implementada em razão de restrições legais que incidiam sobre a área.

Foram muitos impasses da gestão pública referentes à efetivação do uso público adequado para essa grande área verde que durante muitos anos vem sendo atingida por problemas relacionados, sobretudo, a ocupações irregulares. Por sua vez, foram pressões de um movimento popular em defesa do Haras São Bernardo envolvendo moradores e várias entidades locais que deflagrou respostas do governo em prol da proteção desse bem a exemplo da declaração como Área de Proteção Ambiental emitida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e sua desapropriação, ocorridas em 1987.

Em 2001, instituiu-se o local como Parque Estadual “Chácara da Baronesa” e a partir de 2012 passou a se caracterizar na categoria de Parque Urbano, tendo em vista o reconhecimento de que suas funções são ecológicas, estéticas e sociais.

Em 1990 a área foi tombada como patrimônio cultural estadual pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico. Sua valorização como bem cultural protegido se deveu à expressividade e dimensão da área verde no contexto regional em relação ao entorno intensamente urbanizado e industrializado, bem como pelo grande interesse social pela área manifestado na intensa movimentação popular surgida em torno da preservação do Haras.

Em abril de 2012 tanto o Parque quanto suas edificações foram tombados como patrimônio cultural municipal pelo COMDEPHAAPASA – Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André, por ser uma das maiores áreas verdes do município – essencial para a qualidade de vida e bem estar da população e também por sua importância como memória coletiva, devido a luta simbólica da população pela área verde.

FONTE: Bens Tombados e Registrados de Santo André – SP.

A publicação com as informações completas pode ser acessada através do link:
http://acesse.santoandre.br/BensTombadoseRegistradosSA

As demais publicações da Secretaria de Cultura você pode acessar através do link abaixo:
http://acesse.santoandre.br/PublicacoesSecultSA

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