Bens culturais de natureza material

Sítio Tangará - Casa Amarela do Centro Universitário Fundação Santo André

Descrição curta

O antigo Sítio Tangará, construído entre os anos 1920 e 1930, era da família de Charles Murray. Desapropriado em 1964 para implantação da Fundação Santo André, Faculdade de Medicina do ABC e outros. A reitoria fica na sede da chácara, hoje Casa Amarela.

Email Público: comdephaapasa@santoandre.sp.gov.br

Telefone Público: (11) 4436-3631

CEP: 09060-65

Logradouro: Avenida Príncipe de Gales

Número: 821

Complemento: Prédio da Reitoria

Bairro: Vila Príncipe de Gales

Município: Santo André

Estado: SP

Endereço: Avenida Príncipe de Gales, 821, Prédio da Reitoria, Vila Príncipe de Gales, 09060-65, Santo André, SP

Descrição

O Sítio Tangará é mais um remanescente de chácaras de veraneio da região, e pertencia a Charles Murray, corretor de café e empresário, cuja família de origem escocesa residia em Santos. Eles vinham com frequência passar férias em Santo André e geralmente ficavam hospedados em sua outra propriedade no centro da cidade, a Vila Mimosa, que hoje é a sede do Primeiro de Maio F.C.

O Sítio Tangará era um local campestre, ladeado por diversas chácaras e áreas que aguardavam o crescimento da cidade para serem loteadas. Era o caso das terras de José Pires Castanho, José Gonzaga Franco Filho, Adolfo Laves, entre outras. No Sítio Tangará, em algumas oportunidades, amigos eram convidados para participar de festas, passeios a cavalo e disputas de partidas de golfe. Aliás, o campo de golfe com nove buracos foi projetado por Mario Gonzalez, um renomado especialista nesta área, que projetara o campo do Gávea Golfe, no Rio de Janeiro. O terreno contava, ainda, com dois bosques, um lago e de dois pomares. Havia uma pequena capela, atualmente demolida.

A edificação, atualmente conhecida como Casa Amarela, era a sede da propriedade. Para a família era identificada como “Club House”, pois foi construída para pequenas estadias, troca de roupas e apoio às comemorações. A denominação Casa Amarela deve ter ficado na memória das pessoas em razão da cor das paredes externas em tom amarelado.

As características arquitetônicas da sede refletem o Neocolonial hispano americano, valorizado em São Paulo no começo do século XX. Muitos dos detalhes decorativos estão conservados: pedras decorativas incrustradas nas fachadas, reboco com superfície irregular e áspera, molduras de ornamentação, em algumas janelas a presença de colunas torcidas, denominadas salomônicas, nicho para imagem na fachada, pinhas em louça, parapeitos com elementos vazados em meia-lua, azulejos formando painéis, portas com motivos mouriscos e lampiões em ferro trabalhado nos beirais dos telhados. Originalmente a cobertura tinha o fechamento em telhas tipo colonial, e como elemento de arremate, as telhas tinham a forma de pluma virada para cima nos vértices dos beirais. Com base nesses atributos arquitetônicos podemos pressupor que a data de construção desse imóvel seja entre meados dos anos de 1920 e início da década de 1930.

Com a necessidade de moradias em Santo André no final da década de 1950, a família tentou lotear parte do Sítio sem sucesso. Passados alguns anos, em 1962, a área do sítio foi desapropriada para a construção de um parque público que, no entanto, acabou por abrigar a Fundação Santo André, com os prédios da Faculdade de Ciências Econômicas (FAECO) que já existia desde 1953, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIL) instalada em 1966, e o Centro de Processamento de Dados inaugurado em 1967. De inspiração na arquitetura modernista estes prédios ladeiam a antiga sede, hoje espaço de uso da reitoria e administração do Centro Universitário Fundação Santo André.

Em novembro de 2010 a antiga Sede do Sítio Tangará foi tombada como patrimônio cultural de Santo André pelo COMDEPHAAPASA - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. As motivações para sua valorização se expressam na referência à memória das chácaras de veraneio, da arquitetura com características Missões e por sua permanência quase centenária na paisagem.

FONTE: Bens Tombados e Registrados de Santo André – SP.

A publicação com as informações completas pode ser acessada através do link:
http://acesse.santoandre.br/BensTombadoseRegistradosSA

As demais publicações da Secretaria de Cultura você pode acessar através do link abaixo:
http://acesse.santoandre.br/PublicacoesSecultSA

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